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Penso que ainda posso encontrar lugares sem nome

Penso que ainda posso encontrar lugares sem nome

Penso que ainda posso encontrar lugares sem nome

O Museu da Cultura Cearense (MCC) apresenta a exposição "Penso que ainda posso encontrar lugares sem nome", do artista cearense Haroldo Saboia.

Com curadoria e texto de Júlio Martins, a exposição reúne trabalhos individuais, além de colaborações com outros artistas, que exprimem notações, versos e trilhas desdobrados em suportes diversos, como filmes, fotografias, bandeiras e textos, dentre outros, que remetem a noções de afeto e alteridade.

Com jogos de palavras e versos, o artista lança seu olhar sobre o poder da linguagem, que, ao nomear, influencia a forma como nos relacionamos com o mundo, estabelece relações, cria toques e, por sua vez, afetos. Mais do que significados, carrega rastros, memórias, marcas, vestígios, testemunhos, assinalações. De acordo com Saboia, esses encontros geram deslocamentos físicos e subjetivos, portanto, “a arte como um campo de afeto e também um espaço de deseducação”.

A exposição, homônima a uma das obras que compõem o conjunto, traz imagens de trilhas, caminhos e percursos para elaborar processos históricos, subjetivos e afetivos, construindo um atravessamento de tempos. Este entrelaçamento e as elaborações que vêm dele podem movimentar processos de cura, de reparação e tomada subjetiva.

Entre as obras, o ensaio “Na medida em que caminho” (2017), um plano sequência de 15 minutos, mesmo tempo em que o viajante do vídeo leva para subir a paisagem montanhosa, discute nome, formas de nomeação e a relação entre paisagem e as palavras que lhe nomeiam, no momento de suspensão das viagens, entre um ponto e outro do mapa que não possui nome.

Em “De conversa em conversa” (2017-2020), filme realizado em parceria com os artistas e músicos Rogério Martins e Guilherme Valério, os criadores questionam do que é feita uma conversa. Na produção audiovisual, dois instrumentistas negros iniciam um diálogo improvisado. A montagem fragmentada denota variações, desacertos, falhas, mal-entendidos e lapsos que compõem um diálogo, uma relação, e, com isso, o esforço de escuta e um exercício de alteridade.

Representando a ideia dos estandartes, faixas de anúncio e cartazes em manifestações, “Oráculo Popular” (2019) reúne bandeiras com 20 trechos de versos da música popular brasileira que trazem expressões em primeira pessoa, uma pesquisa que destaca o valor da oralidade e o poder da palavra que emana do saber popular.

A exposição seguirá em cartaz até 09 de janeiro de 2022, podendo ser visitada gratuitamente de quarta a domingo, das 9h30 às 12h30 (acesso até às 12h) e das 14h30 às 17h30 (acesso até às 17h).

Sobre o artista

Haroldo Saboia é artista plástico, fotógrafo e cineasta, natural de Fortaleza, Ceará. É mestrando em Psicologia Clínica no Núcleo de Subjetividades da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, onde pesquisa a relação entre o embranquecimento e as noções de mestiçagem, buscando, através de estratégias ficcionais da memória, como é possível reposicionar epistemologias que elaborem a experiência diaspórica de corpos racializados. Neste momento, também realiza o filme Oração, um projeto interdisciplinar junto aos músicos Josyara e Rogério Martins (Hurtmold), elaborando questões entre a oralidade, o samba e a espiritualidade. Já apresentou trabalhos em galerias privadas e instituições como Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Centro Cultural São Paulo, Paço das Artes (SP), Museu da Língua Portuguesa, Caixa Cultural, Sesc Pompéia e outras.

Museu da Cultura Cearense

Rua Dragão do Mar, 81.

Entrada pela Av. Presidente Castelo Branco

Fortaleza/CE

Visitação: de quarta a domingo, das 9h30 às 12h30 (acesso até às 12h) e das 14h30 às 17h30 (acesso até às 17h)

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